Além de pronome, o Se serve também para indicar o que gostaríamos de Ser, Fazer e Ter. Por exemplo; “Se eu não tivesse ido à festa ontem, eu não teria engordado tanto!”; Se eu ganhasse na loteria, mudaria minha vida completamente!” “Se eu fosse gordo como você, eu trataria de emagrecer o mais rápido possível!”

Por que, mesmo conscientes das consequências da obesidade, do tabagismo, do álcool, persistimos no Se…? Qual o verdadeiro significado do Se?

O Se, pode estar representando algo que perdemos mas que não sabemos ao certo o que é. O segredo é descobrir por nós mesmos, qual é esse objeto perdido.

Imagine você chegando em casa altas horas da noite e ao se preparar para entrar, descobre que perdeu a chave da porta. Talvez você pense o seguinte: Poxa, Se eu tivesse deixado a chave no bolso da blusa isto não teria acontecido! Pensar assim, pode, mas não resolve o problema, de duas uma, ou você chama um chaveiro ou procura pela chave até encontrá-la. Ficar no Se, não resolverá absolutamente nada, o negócio é encontrar a chave.

Qual seria este objeto perdido encoberto pelo Se? Primeiramente, é preciso leveza para perceber o óbvio, que mesmo se arrebentando a cada dia, ainda assim, você persiste no Se. O objeto perdido é a causa do desejo. Vejamos uma situação de compulsão alimentar: sem que você saiba de onde veio e para onde vai, você ingere uma grande quantidade de comida e/ou de bebidas abruptamente, que mal dá para sentir o gosto do que realmente ingeriu, para em seguida, sentir-se decepcionado e triste pelo ocorrido.

A pergunta é: Qual o objeto perdido que levou à compulsão alimentar? Provavelmente o Se, é a ansiedade, mas qual seria o objeto perdido que vem deflagrando a ansiedade em sua vida? Essa é a questão fundamental. Como chegar a ele – eis a questão!

Por que engordamos ou, porque comemos e bebemos tanto, fora das necessidades orgânicas do corpo? Provavelmente isto acontece não por necessidade fisiológica e sim por carência psíquica. A fome está no psíquico e não no fisiológico, claro, que exceções existem, mas se considerarmos a premissa de que apenas 1% dos casos de obesidade na população mundial é por causas fisiológicas, os outros 99% são por outros fatores e, o psicológico é fatídico na obesidade.

Pois bem, isto posto, entendemos que a obesidade é decorrente de conflitos internos relacionados com as emoções, que por algum motivo ou razão inconsciente ou consciente, fora reprimida com o intuito de evitar alguma dor e, preencher os vazios psíquicos. De modo que o comer compulsivo é a expressão de desiquilíbrios emocionais inconscientes.

Como chegar ao objeto perdido? Meditação, análise, psicoterapia e, obviamente o PROVE, são alguns dos caminhos para sair do…Se.

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