É claro que com toda a sua bagagem de vida e de tantos anos decorridos do seu tempo de criança, acredito, que ainda lembre de muitas coisas que fazia e, que foram sendo deixadas de lado, na medida em que foi passando pelas diversas fases de seu desenvolvimento até a atual.

Você terá a oportunidade de constatar por si mesmo, revendo os seus tempos de criança, uma enorme quantidade de hábitos que incorporou, outros que deixou, às vezes sem perceber e, claro, hábitos que reluta em abandoná-los, mesmo sabendo que são prejudiciais.

Vamos refletir por um instante, sobre as mudanças e incorporações de hábitos que ocorrem no espaço que permeia entre a criança e a pessoa adulta, fazendo-nos as seguintes perguntas:

– Por que o adulto faz uso de bebidas alcóolicas, fumo, drogas ilícitas e a criança não?

– Por que o adulto se torna obeso exagerando na ingesta de comidas e bebidas inapropriadas, engordativas e, apela para emagrecer fazendo uso de drogas, lipoaspiração, abdominoplastia, bariátrica, jejuns e a criança não?

– Por que o adulto desentende um com o outro, mata, rouba, estupra, vinga e a criança não?

– Por que o adulto à medida que envelhece perde a flexibilidade, torna-se rígido física e emocionalmente e a criança não?

– Por que o adulto destrói a natureza a sua volta e a criança não?

– Por que o adulto se fecha no egoísmo, preconceito e na discriminação e a criança não?

– Por que o adulto mata a criança que existe em seu interior e, de sobra ainda mata a esperança de milhões de crianças que sonham por um mundo de não-violência, fraternidade e paz?

E finalmente, por que o adulto proíbe a criança de fazer tantas coisas, enquanto “ele pode” e a criança não?

Parece-me, que para nós outros, é muito mais cômodo proibi-las do que ensiná-las. Imagine, o que rola na cabeça da criança, ouvindo do adulto para não comer isso ou aquilo porque faz mal e, vê-lo fazer exatamente ao contrário.

De modo que uma criança não é gorda, agressiva, egoísta, inflexível, preconceituosa, vingativa, por conta própria, via de regra, se espelha no adulto. Portanto, a mudança precisa ser feita muito mais na pessoa adulta do que na criança.

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