Diversos estudos sobre obesidade, atribuem que 99% dos casos estão associados a fatores emocionais, sedentarismo, hereditariedade, meio-ambiente e apenas 1% a algum tipo de distúrbio neuroendócrino.
Estes mesmos estudos apontam os seguintes indicativos para a obesidade:
a) – Adolescentes obesos têm de 70% a 80% de chances de apresentarem obesidade na vida adulta;
b) – Pais obesos, os filhos terão 75% de chances de serem obesos;
c) – Um dos pais obeso, a chances de os filhos serem obesos cai para 50%;
d) – Pais com o peso ideal, as chances de os filhos serem obesos é menos que 10%;
e) – Pais ativos, as crianças são de cinco a oito vezes mais ativas do que filhos de pais inativos.
f) – Crianças que ganham peso por volta dos 6 (seis) anos de idade, quando deveriam estar emagrecendo, tem grandes chances de tornar adulto obeso.
Esses indicativos sugerem obviamente, que o estilo de vida dos pais exerce grande influência no comportamento das crianças e adolescentes ao longo de suas vidas.
Até recentemente, os cientistas consideravam que os genes eram os únicos responsáveis por passar as características biológicas de uma geração à outra.
Atualmente reconhecem que hábitos de vida e o ambiente social em que a pessoa vive, podem modificar o funcionamento dos genes.
A modificação dos genes é chamada de epigenética, ocorrem no genoma que serão herdados pelas próximas gerações, sem que alterem a sequência do DNA.
Diante dessas evidências a hereditariedade não pode mais ser considerada culpada pela obesidade.
O que sempre existiu e continua existindo é o reforço de geração após geração dos genes da obesidade. Portanto, enquanto persistir esse reforço patrocinado pelos avós e pais, as próximas gerações de filhos e netos serão obesas.
A pergunta que paira é a seguinte: O que fazer? Na verdade, não existe uma resposta pronta, até porque a obesidade é um sintoma e, como tal, é indispensável mapear as causas desse sintoma. Na medida em que o processo vai acontecendo, surgem naturalmente os caminhos para o emagrecimento e controle do peso.
Por tudo isso, a obesidade não é uma sina, os fatores que a desencadeiam podem ser modificados ao longo da vida. Portanto, a tônica está no querer fervorosamente emagrecer. Fervorosamente emagrecer não é um simples querer, é um querer profundo, é um querer que deve surgir das entranhas da própria alma.