Quem nunca sentiu vergonha do fracasso que atire a primeira pedra!

Não é fácil seguir por um caminho quando não temos certeza dos obstáculos que iremos encontrar.

Afinal, existe uma fórmula mágica que nos impeça de tomar uma decisão errada? Qual o custo de uma decisão errada?

Realmente não há uma fórmula mágica, mas é possível avaliar os riscos que envolve tomar este ou aquele caminho, reduzir ou até extinguir os riscos de ser malsucedido, para não chorar depois do leite derramado.

Já o custo de uma decisão errada costuma ser muito alto, via de regra, deixam marcas para o resto da vida, até porque, é praticamente impossível mudar o passado e as decisões que o motivaram.

Imagine, se já é difícil conviver atrelado às consequências de erros cometidos econômico-financeiros nos negócios, no rompimento de relações sociais – familiares, profissionais, matrimoniais –, imagine então, conviver com erros cometidos, por decisões relacionadas a intervenções cirúrgicas que afetam o corpo de uma pessoa irreversivelmente.

Para o cirurgião, a fila anda, sempre aparecerá alguém atrás de seus préstimos, entretanto, para aquele que foi afetado o tempo não passa.

Na medicina estética corporal e facial, ocorrem ocasionalmente erros por imperícia médica e, muito mais por parte do paciente ao imaginar, simplesmente, que o bisturi lhe garantirá juventude “ad infinitum”.

Como a cabeça é o limite do corpo, limitá-la, seria o mesmo que querer segurar com as mãos várias bolas no fundo de uma piscina, num dado momento uma ou outra saltará para a superfície da água.

Dificilmente quem se submeteu a uma cirurgia estética deixará de fazer outras tantas. Grande parte das pessoas, só param quanto a bola salta de suas mãos para a superfície.
Muitos obesos recorrem à cirurgia bariátrica, ao invés de enfrentar um processo de mudança no estilo de vida que favoreça o emagrecimento. Transcorridos alguns anos após a cirurgia e novamente obesos, reconhecem o erro, entretanto, não sentem vergonha do fracasso, que antes, imaginavam que teriam, caso participassem de um tratamento para o emagrecimento e não conseguissem.

A questão não é deixar de fazer algo com vergonha do fracasso, mas sobretudo, entender que o fracasso é uma maneira de saber qual o limite máximo e, sobretudo transcendê-lo, superando os erros e o medo de falhar.

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